sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Tempestade

Cinza. Cinza como o céu que se olha pela janela, olhos como nunvens que derramam uma interminável chuva, coração no descompasso de relâmpagos e a cabeça assim como o peito, dói.Tento procurar em algum lugar, em alguém, em alguma força maior respostas para perguntas soltas, que vem e vão numa rapidez dolorida. Impotente, inútil e fraca, por não conseguir solucionar o que lateja. Mesmo não sendo um sentir novo é forte, é diferente com barreiras e pedras. Tento estender as mãos e como uma missão fracassada não consigo tirar todo esse cinza. A esperança de ver o azul anil do céu novamente, desaparece ao contrário da dor.
Uma vida, sua vida, minha vida é assim que devemos pensar. Em nossa própria vida, nossa felicidade. Só nós, eu e você?... Não! Só eu, sem você.
Me diz, como faz?
Dizem que o cinza tem suas vantagens, talvez o anil seja só pra quem os tem por direito. Difícil mesmo é aceitar caminhos que pareciam certos serem desfeitos por julgamentos, preconceitos, achismo e preferências. A solução? Lutar para que pelo menos apareça um arco íris após a tempestade. Coragem? Onde? Dentro de ti menina. Dizer sim pra você e não aos outros, pode lhe dar a chance de ver o sol sorrir novamente.

T. Brum

terça-feira, 2 de abril de 2013

O bom é ser Torto...



Amo o inconstante, o errado, o esquerdo. Não há nada mais chato que o doce, o meloso, o previsível. As pessoas mais interessantes são as que arriscam. Não vejo muito o que conversar com quem vive num caminho reto, sem desvio.
Estar fora do óbvio é eletrizante. Gente que gosta do correto, não me agrada. Gosto do mistério, da dúvida, não do emocional, sim do rude, tempestivo, indomável.
Mocinhos não são atraentes, mocinhas são traídas. Garotas más são as mais desejadas. Cafajestes são alucinantes.
A segurança me irrita, o segredo interessa. Meus atos são reprovados, agrado a poucos, não me aceitam. O arriscar, o errar consiste no viver. Historias para contar, para chorar, para nunca se arrepender. O maior erro da minha vida, foi o que eu mais amei.

T. Brum

quarta-feira, 20 de março de 2013

Sem querer, Eu Sinto...




Eu sinto. Eu realmente sinto quando uma coisa não vai rolar, quando não vai dar certo e mesmo assim pago pra ver e a cada circunstância o pagamento é caro, muito caro. A moeda cobrada é o coração, ou seja, pedaço dele que a cada decepção sai petrificado e assim vou me matando à prestações, matando essa vontade de tentar mais uma vez, de acreditar que um dia vai... A sensação que tenho é de que não há mais condições, não há motivação de me entregar numa aventura que não vingará. Talvez o problema é comigo e minha defesa contra o amor, talvez seja a mania besta de não saber falar o que realmente sinto e se falo já venho com aquele "Eu te amo, mas não quero isso pra mim, pois sei que vou sofrer" e acabo estragando o começo de uma história que poderia ser linda e feliz, mas eu não acredito em historias lindas e felizes. No que acredito então? Não sei. Ser burra e tonta me ajudaria bastante em certos momentos, pois deixaria passar despercebido comportamentos toscos alheios. Acreditaria em todas as frases e cartas plagiadas de um lugar qualquer, faria aquele olhar de apaixonada que há tempos minha face desconhece, choraria a cada partida e me renderia a cada pedido de desculpas... Mas infelizmente não tenho o privilégio dessas "qualidades" e me contento com essa dureza de não conseguir me acalentar com palavras um tanto quanto clichê e nem me derreter com um abraço forte, junto a um pedido de desculpas de quem acabou de me fazer chorar.
Na verdade eu preciso de abraços, sinto falta de um abraço, mas sou razão de mais pra admitir e pedir isso cara a cara, prefiro deixar pensar que se me abraçar talvez me sufoque. Ah eu queria mesmo era me sufocar de parar os pulmões e o coração e depois que me soltar, quem sabe eu renasça como uma criança que respira pela primeira vez, com novos ares, um novo coração que será capaz de acreditar que um dia ainda possa dar certo e que amar não depende da sorte como jogar na loteria e ganhar.

T. Brum

sexta-feira, 30 de março de 2012

Silêncio

Decifrar o silêncio...
Tento por vários momentos entender o silêncio, mas é impossível. Ele diz tanta coisa ao mesmo tempo que as frases se misturam e nada se faz entender. O silêncio fala mais que gritos e burburinhos.
O silêncio assusta.
Tenho medo do eco que o silêncio traz, medo de entender o que ele tem a dizer, pois é muito fácil ouvir milhões de vozes lhe dando opiniões, mostrando caminhos e soluções, portanto não somos capazes de escutar o silêncio.
O silêncio nada mais é do que seu interior, seu íntimo gritanto seu real desejo. Porque será que é tão difícil ouvi-lo? Ou será que não queremos aceitar esse grito interior? Deve ser porque o silêncio é rude, áspero, fala na lata sem rodeios. Quando ouvimos a voz do silêncio, fingimos que nada escutamos, pois é mais fácil ouvir o que o próximo ou não tão próximo assim tem a dizer. Isso é pelo medo de ser responsável talvez por nossos próprios erros, queremos sempre ter alguém em quem por a culpa. Isso é covardia. Comece agora a ouvir o que o silêncio(o seu silêncio)tem a dizer, perca o medo e confie na sua intuição, pois cada um sabe o que é bom e o que nos fará realmente feliz.
Permita-se ao menos uma vez entender o seu coração. O silêncio só quer conversar com você!


T. Brum



quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Arrisque... Permita-se!



As coisas aconteceram do nada de uma conversa ao léu onde não se poderia esperar nada, e era o que eu realmente esperava que não passasse daquilo, mas nos permitimos a estender essa conversa pra outra e outra até que se tornou extremamente revigorante ouvir sua voz logo pela manhã, e achar lindo você ser o último a me dar uma boa noite, talvez seja esse tal de “fogo de palha” que costumam dizer por aí, que seja na verdade é que estou tentada a embarcar nessa pra ver até onde vai. Pode ser mais um alarme falso de frio na barriga, pode ser mais uma armadilha ou furada. Quem pode saber? Se soubéssemos não nos enfiaríamos em burradas todos os instantes no decorrer da vida. Como vou saber? Só indo não é mesmo? Então irei, arriscarei como sempre fiz. Muitas vezes me arrebentei, mas levantei pronta pra outra e é disso que estou falando de se permitir, de arriscar. Não sou da persona que vivo pra agradar a ninguém, não mudo por ninguém, não vou fazer ou ficar em uma situação só por conveniência, isso não me atrai. Viajo na maionese sim, já está bem claro que sou emoção, não sigo a razão, o racional não se liberta, não vive da maneira que deseja e sim o que lhe traz benefícios. Eu não sou dessa tese. Quero mais é viver, tentar ser feliz e se for pra ficar batendo a cabeça por aí que seja. Tenho asas e as minhas são grandes e espaçosas, tentam cortá-las, mas elas crescem cada vez mais resistentes e não vou nem de longe tentar amarrá-las. Quero voar descobrir novos horizontes, a que lugar eu pertenço. Sei que magoarei pessoas, por favor, não me levem a mal não quero ferir ninguém, ser motivo de tristeza pra ninguém, mas a minha vida é muito mais importante do que lágrimas que escorrerão por um ou dois dias, talvez nem escorram. Já sofri as piores decepções, piores desamores, a indiferença e olha que as lágrimas não duraram só alguns dias e sim anos, então posso garantir não mata. Tudo passa tudo um dia passa! Finalizo aqui informando que, a partir deste momento estou me permitindo e vou arriscar ser feliz. Coisa que eu já tinha desistido há tempos, mas não sei por cargas d’água ganhei uma esperança extra não de que dessa vez vai dar certo, mas sim de continuar tentando porque descobri que ainda sou capaz de sentir e quem sabe amar de novo.

T.Brum

"Permita-se arriscar, sorrir, amar, abraçar, cantar, jogar, dançar, gritar, pular, escrever, ler, comer, beber, ser. Permita-se. – Entre como VOCÊ É e como DEVERIA SER, entre como AS COISAS SÃO e como elas DEVERIAM SER, eu te desafio a permitir-se..."
Gabriella Beth Invitti